Cão de Montanha dos Pirineus - Origem da Raça
Cão de Montanha dos Pirineus
O Cão de Montanha dos Pirineus é uma raça antiga que descende de cães molossoides oriundos da Ásia Central e trazidos para a Península Ibérica há mais de 5 mil anos.
O primeiro registro da raça data do século XIV, tendo ela sido descrita como guardiã de castelos pelo nobre espanhol Gastão Febus. Esta raça é por vezes confundida com o Mastim dos Pirineus, mas tanto a história das duas raças quanto a morfologia das mesmas nos levam a cães distintos.
O Cão de Montanha dos Pirineus permaneceu em lugares de grandes altitudes, onde era utilizado como cão de guarda de rebanhos, função para a qual necessitava de uma coleira de espetos a fim de se proteger de lobos e outras feras.
Mas foi a sua aptidão para a guarda de castelos que tirou o Cão de Montanha dos Pirineus do anonimato. Uma das raças preferidas da realeza francesa, ela era especialmente apreciada por Louis XIV, tendo dele ganhado o título de Cão Real da França, em 1675. A partir de então, todo nobre que se prezasse deveria ter um cão desta raça.
O Cão de Montanha dos Pirineus começou a perder popularidade no século XIX, à medida que estilos de vida mais dinâmicos e urbanizados passaram a dispensar a guarda de castelos. Curiosamente, à proporção que entrava em declínio na Europa, passava a dar origem a outras novas raças, incluindo o Terra-nova, na América. Em, 1824, o aristocrata e militar francês Lafayette levou dois exemplares destes cães para os Estados Unidos da América.
Na Europa, o Cão de Montanha dos Pirineus ficou novamente reduzido às regiões montanhosas, sobretudo no País Basco, onde executava a função de protetor de rebanhos, sendo também utilizado em operações de busca e salvamento, em situações de avalanche, e como cão de trenó e de propriedades. No século XX, a raça foi “redescoberta” e, novamente, desceu as montanhas para povoar regiões francesas como cão de guarda e de estimação. Em 1923, também na França, foi formado o primeiro clube da raça.